Projecto Raízes

Família Mendes Seixas

“Give me your tired, your poor,

Your huddled masses yearning to breathe free,

The wretched refuse of your teeming shore.

Send these, the homeless, tempest-tost to me,

I lift my lamp beside the golden door!”

Quando Emma Lazarus escreveu o soneto “The New Colossus” (1883), que viria a repousar aos pés da Estátua da Liberdade vinte anos após a sua composição, talvez já lhe fosse muito remota ou quiçá nula a memória do trisavô Isaac Mendes Seixas. Cerca de século e meio antes, ele desembarcara no porto de Nova Iorque, dando origem a uma prole que participaria da história não só das comunidades judaicas norte-americanas, mas também do percurso da colónia britânica até à independência e formação dos Estados Unidos da América. Da sua descendência, contam-se os nomes de Gershom Mendes Seixas, o primeiro ministro judeu nascido no continente americano e reconhecido patriota e defensor da causa republicana, Moses Mendes Seixas, um dos homens de negócio mais notáveis de Newport, que esteve na criação do Rhode Island Bank e foi grão-mestre Grande Loja maçónica de Rhode Island, e Benjamin Mendes Seixas, um dos fundadores da Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Mas as origens de Isaac encontravam-se bem longe, do outro lado do Atlântico, ele que nascera em Lisboa no início do século XVIII, no seio de uma família de mercadores, legistas e médicos beirões. A perseguição inquisitorial e a procura de novas oportunidades obrigara os Mendes Seixas à partida da Beira natal e, mais tarde, ao abandono das fronteiras portuguesas. De Lisboa a Londres, a diáspora da família continuou por terras americanas. Também eles procuravam respirar a liberdade imortalizada pela pena da descendente Emma.

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