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Biografias
Moses Mendes Seixas
| Nome: | Moses Mendes Seixas |
|---|---|
| Nascimento e morte: | Nova Iorque, 1744 – Nova Iorque, 29/11/1809 |
| Descrição: | Natural de Nova Iorque, Moses Mendes Seixas acabou por se estabelecer em Newport, onde se notabilizou como homem de negócio e líder da comunidade. Em 1770, casou-se com Jochebed Levy, filha de Benjamin Levy, de Newport. Mais tarde, através do casamento dos filhos, Moses selou a sua relação com outras famílias proeminentes das comunidades judaicas norte-americanas, tornando-se sogro do mercador nova-iorquino Naphtali Phillips (casado com a sua filha Rachel Hannah) e do filho do amigo e parceiro de negócios Aaron Lopes, Samuel Lopes (marido da filha Judith). Moses Mendes Seixas teve um papel activo na consolidação da comunidade judaica de Newport. Em 1772, era o mohel da congregação Jeshuat Israel. Ele havia aprendido o ritual, por correspondência, com Abraham I. Abrahams, de Nova Iorque. Aliás, o seu interesse em adquirir mais conhecimentos sobre matérias litúrgicas e ritualistas encontra-se patente na correspondência trocada com letrados judeus. É o caso da carta que Moses envia a 3 de Dezembro de 1789 a Manuel Josephson, judeu asquenazita da congregação Mikveh Israel, de Philadelphia, e um dos melhores hebraistas da América de então, questionando-o sobre a leitura da Torah e a forma de tocar o shofar. Na viragem do século, Moses era um respeitável mercador de Newport. Auferindo uma considerável fortuna, foi um dos fundadores do Banco de Rhode Island em 1795, onde desempenhou o cargo de caixeiro durante os últimos catorze anos da sua vida. O banco era presidido por Christopher Champlin, parceiro de negócios de Moses desde, pelo menos, 1782. Durante a Revolução, Moses Mendes Seixas aderiu à causa patriota, seguindo o exemplo dos irmãos. Quando o exército britânico ocupou Newport, ele foi um dos signatários de um documento assegurando a lealdade à facção patriota. Em 1790, enquanto líder da congregação de Newport, foi ele quem endereçou a George Washington uma carta de boas-vindas, a qual exprimia o apoio das seis congregações judaicas então existentes na América do Norte ao novo presidente. Moses tornou-se igualmente uma figura de relevo da maçonaria norte-americana. De simples membro, tornou-se “senior warden” e, desde 1783, mestre da loja King David, a qual tivera origem em Nova Iorque, em 1769, mas que, desde 1780, se encontrava sediada em Newport. Em 1790, as lojas King David e St. John fundiram-se numa única loja maçónica, a “St. John's Lodge No.1 of Newport”. Moses Mendes Seixas foi o seu primeiro mestre. Em 1799, quando o Grand Royal Arch Chapter de Rhode Island foi estabelecido, ele tornou-se no primeiro “Grand High Priest”. Em 1802, Moses ascendia a Grão-Mestre da Grande Loja de Rhode Island, cargo que manteve até à sua morte. Este foi um período de acentuado progresso da maçonaria no estado de Rhode Island. Moses Mendes Seixas acabaria por falecer durante uma estadia em Nova Iorque, na casa do genro Naphtali Phillips. Três dias antes de morrer, compôs o seu testamento , nomeando a mulher e o filho Benjamin Seixas executores testamentários. Apesar de ter falecido em Nova Iorque, o seu corpo foi enterrado no cemitério judaico de Newport, onde foi erigido um monumento funerário, no qual se pode ler uma inscrição que sublinha o seu papel como Grão-Mestre da Grande Loja Maçónica de Rhode Island e caixeiro do Banco de Rhose Island. |
| Bibliografia | |
| Estudos: | David de Sola Pool, Portraits Etched in Stone. Early Jewish Settlers 1682-1831, New York, Columbia University Press, 1952. Eli Faber, A Time for Planting. The First Migration 1654-1820, Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1992. Laura Arnold Leibman, Messianism, Secrecy and Mysticism. A New Interpretation of Early American Jewish Life, London, Portland, Vallentine Mitchell, 2013. Malcolm H. Stern, “Portuguese Sephardim in the Americas”, American Jewish Archives, vol. 24, no. 1, Spring/Summer 1992, pp. 141-178. Michael Hoberman, New Israel / New England. Jews and Puritans in Early America, Amherst, Boston, University of Massachusetts Press, 2011. Naphtali Taylor Phillips, “The Levy and Seixas Families of Newport and New York”, Publications of the American Jewish Historical Society, n0. 4, 1896, pp. 189-214. Samuel Oppenheim, “The Jews and Masonry in the United States between 1810”, Publications of the American Jewish Historical Society Quaterly, no. 19, 1910, pp. 1-94. Stephen Birmingham, The Grandees. America's Sephardic Elite, New York, Syracuse University Press, 1997. Solomon B. Freeholf, “An Eighteenth-Century American Responsum”, American Jewish Archives, vol. 5, no. 2, 1953, pp. 121-125. |
| Fontes: | Cincinatti, American Jewish Archives, SC-5891 (4 February 1790. Letter to Moses Seixas about congregational affairs); SC-11175 (12 September 1782. Moses Seixas's account held with Christopher Champlin); SC-11179 (June 1781. Letter to Aaron Lopez informing him that his house was evaxuated by the French Army); SC-11180 (3 December 1798. Letter to Christopher Chamblin on business matters); SC-11181 (28 February 1803. Letter asking for aid for “Our Masonic Edifice”). Newport, Reed College Library, Probate, vol. 4, page 670 (“Will of Moses Seixas, Newport City Hall, Newport, RI”); 671 (“Letters of Moses Seixas...”); 677-678 (“Inventory of the estate of Moses Seixas, Newport...”). New York, Center for Jewish Studies, Jacques Judah Lyons P-15. Alexander Guttman, “Ezra Stiles, Newport Jewry, and a Question of Jewish Law”, American Jewish Archives, vol. 34, 1982, pp. 99-100. “Items relating to the Jews of Newport”, Publications of the American Jewish Historical Society, no. 27, 1920, pp. 218-220. “Items relating to the Seixas family, New York”, Publications of the American Jewish Historical Society, no. 27, 1920, pp. 369-370. Jacob Rader Marcus, “The Jew and the American Revolution. A Bicentennial Documentary”, American Jewish Archives, vol. 27, no. 2, 1975, pp. 255-256. Lewis Abrahams, “Correspondence between Washington and Jewish citizens”, Publications of the American Jewish Historical Society, no. 3, 1895, pp. 87-96. |
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