Projectos

Nome:ADORNO, Paulo Dias
Outros nomes:ADORNO, Paolo
Nascimento e morte:Séc. XVI
Descrição:Oriundo de uma família nobre genovesa, Paulo era irmão de Francisco, de José, de Paulo e de Rafael Adorno. A bibliografia não é unânime a afirmar se os irmãos Adorno seriam naturais de Génova ou de Portugal.
Tal como os seus irmãos, Paulo pertenceu ao primeiro núcleo de colonos da capitania de S. Vicente. Alguns autores referem que ele teria também colaborado na fundação do engenho de S. João, em Santos.
Na sequência de um homicídio que cometera, Adorno fugiu para a Bahia. Foi nessa capitania que se estabeleceu e constituiu família. Em 1534, casava-se com Filipa Álvares, a filha mais nova de Diogo Álvares Correia, o “Caramaru”. Deste enlace nasceu, entre outros, António Dias Adorno.
A 19 de Novembro de 1548, o rei enviava, no navio comandado por Gramatão Teles, uma mensagem para Adorno e para o seu sogro, na qual os informava sobre a expedição de Tomé de Sousa e lhes pedia para organizarem o aprovisionamento de mantimentos.
Dedicado à produção e comércio de açúcar, Adorno constituiu um engenho junto ao rio Pitanga, onde também fundou a igreja de Nossa Senhora da Ajuda. Os seus descendentes prosseguiram com o negócio sacarino, tornando os Adorno numa das mais notáveis famílias da Bahia.
Palavras-chave:Nobre; Negociante; Colono; Génova; S. Vicente; Santos; Bahia; Pitanga ; Capitania; Engenho; Homicídio; Açúcar; Igreja
Bibliografia
Estudos:Frei Gaspar de Madre de Deus, Memórias para a História da Capitania de S. Vicente hoje chamada de S. Paulo. Introdução de Afonso Taunay, São Paulo, Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, 1953, p. 74.
Jorge Couto, A construção do Brasil. Ameríndios, Portugueses e Africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos, Lisboa, Cosmos, 1995, pp. 217, 239, 240, 312.
Morais do Rosário, Genoveses na História de Portugal, Lisboa, [s.n.], 1977, p. 290.
Prospero Peragallo, Cenni intorno alla colonia italiana in Portogallo nei secoli XIV, XV e XVI, Genova, Stabilimento Tipografico Ved. Papini e Figli, 1907, p. 25-26.