Projectos
| Nome: | BONOMI, João Ângelo |
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| Nascimento e morte: | Roma, 1656 – Castela, entre 1702 e 1707 |
| Descrição: | Por volta de 1672, Bonomi entrou para a Companhia de Jesus. Acabaria por se destacar como missionário em terras brasileiras. Depois de ter embarcado em Lisboa, na companhia do padre Luiz Vincêncio Mamiani, chegou à Bahia em Julho de 1684, destinado às missões do Maranhão e Pará. Foi para lá que seguiu em 1688. No Natal daquele ano, partiu, acompanhado pelo padre José Barreiros, para a Amazónia. Levavam consigo o filho do líder dos índios Iruris, o qual se convertera ao cristianismo e fora baptizado. Bonomi e Barreiros tornaram-se nos primeiros missionários daquela tribo, demorando-se um ano na sua aldeia. Porém, abalados por enfermidades, os dois missionários foram obrigados a abandonar a missão. Após ter restabelecido a sua saúde, Bonomi regressou à aldeia dos Iruris e prosseguiu com a construção daquele núcleo missionário. Contudo, teve de se retirar de lá, por uma segunda vez, novamente assolado pela doença. Durante a sua ausência, a aldeia foi assaltada e capturados vários índios, o que levou ao abandono da missão. A 15 de Agosto de 1695, Bonomi fazia a profissão solene dos seus votos no Pará. Dois anos depois, encontrava-se na aldeia dos Cambócas, onde construiu uma igreja. Além da vocação religiosa, o jesuíta também tinha aptidões artísticas, nomeadamente na área da pintura, tendo expresso a sua arte na decoração da dita igreja. Quando um irmão de António de Albuquerque mandou queimar o templo, mais de cinco mil índios católicos fugiram para o mato. Bonomi partiu, então, para Lisboa, acompanhado pelo padre João Maria Garzoni. Levava consigo documentos autênticos para apresentar às autoridades portuguesas. Aliás, numa carta escrita ao geral jesuíta, a 9 de Outubro de 1701, lamentava que as missões do Maranhão não seguissem as leis régias, razão pela qual muitos missionários se imiscuíam em partir para o Brasil. Porém, Bonomi não obteve os resultados esperados. Depois de falar com o núncio apostólico em Lisboa, foi enviado a Vila Viçosa para esperar ali pela resposta do geral. Enviado de regresso a Itália, acabou por nunca chegar à sua terra natal, tendo falecido no caminho. |
| Bibliografia | |
| Estudos: | Serafim Leite, História da Companhia de Jesus no Brasil, tomos III e VIII, Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1943-49, pp. 310 e 392; 109. Idem, Artes e Ofícios dos Jesuítas no Brasil (1549-1760), Lisboa, Brotéria, 1953, p. 133. |