Projectos

Nome:CANAL, Nicolò
Nascimento e morte:Veneza, 1415 – Portogruaro, 12/5/1483
Descrição:Filho de Vito (Guido) di Giacomo Canal e de Bianca Muazzo, Nicolò era casado com Orsa Soranzo, com quem foi pai de seis filhos: Vincenzo, Girolamo, Paola, Iacopo, Giovanni e Pietro Canal. Em 1439, doutorava-se em direito civil e canónico na universidade de Pádua.
Logo após ter terminado os estudos, Canal iniciou a sua carreira diplomática. Em Dezembro de 1441, era enviado como embaixador a Florença com a missão de consolidar a aliança entre aquela cidade e Veneza. A 9 de Outubro de 1444, representou a Sereníssima em Perugia na negociação da paz entre o legado pontifício e Francesco Sforza.
Dadas as suas habilitações jurídicas, Canal foi escolhido como orador em Portugal. A sua missão era convencer o infante D. Pedro a renunciar ao marquesado de Treviso, demonstrando que aquela investidura era inválida. Porém, não foi bem sucedido nesta missão e, pouco depois, regressou a Veneza, onde se colocou ao serviço do governo da cidade, desempenhando cargos de grande mérito.
Nos anos seguintes, representou a Sereníssima em Florença e Roma. A 3 de Agosto de 1450, era eleito embaixador em Constantinopla e, dois anos depois, orador junto do imperador Federido III. Em Setembro de 1454, foi novamente escolhido como orador para a conclusão da paz de Lido. Entre 1456 e 1457, esteve em Bérgamo e, em Dezembro de 1459, era eleito na junta extraordinária do conselho dos dez embaixadores de Veneza na Dieta de Mantova. No ano seguinte, era novamente designado embaixador em Constantinopla. Foi ainda embaixador em Milão e em França nos anos de 1462 e 1463.
Em 1467, Canal era eleito provedor da armada veneziana no conflito contra a Turquia. Dois anos depois, sucedia a Giacomo Loredan como capitão-geral do mar, cargo com o qual obteve alguns sucessos militares, nomeadamente, a ocupação das ilhas de Lemno e de Imbro. Porém, a um primeiro momento de vitórias, sucedeu uma derrocada das suas forças. Canal acabou por ser acusado de ser o principal responsável pela perda de Negroponte. Destituído do seu cargo, foi processado e condenado a desterro perpétuo em Portogruaro.
Bibliografia
Estudos:Angelo Ventura, “Canal, Nicolò”, Dizionario Biografico degli Italiani, vol. 17, Roma, Istituto della Enciclopedia Italiana, 1974, pp. 662-668.
Arturo Farinelli, Viajes por España y Portugal desde la Edad Media hasta el siglo XX, tomo I, Roma, Reale Accademia d’Italia, 1942, p. 127.