Projectos

Nome:COCHINO, Nicolau Pedro
Outros nomes:COCHINO, Nicolao Pietro
Nascimento e morte:m. depois de 1592
Descrição:Possivelmente oriundo da Sabóia, Cochino foi um agente diplomático que prestou serviços à coroa portuguesa.
Numa carta de 1 de Setembro de 1563, D. Álvaro de Castro, embaixador português em Roma, avisava o rei que despachara Nicolau Pedro Cochino para Constantinopla, a fim de tratar de determinados negócios. Este acabaria por regressar a Lisboa. A 21 de Fevereiro de 1564, o duque de Sabóia pedia a D. Sebastião uma mercê pelos serviços prestados por Cochino. Quatro anos mais tarde, era-lhe passado um alvará de duzentos mil réis de tença.
Integrado entre a nação italiana residente na cidade de Lisboa, Cochino fazia parte da junta da igreja de Nossa Senhora do Loreto em 1573.
Posteriormente, dedicou-se ao negócio sacarino. A 1 de Julho de 1577, recebia uma licença para refinar o açúcar de S. Tomé por um período de 25 anos, a partir de 1 de Janeiro de 1578, com a condição de trazer de fora do reino todos os materiais necessários para o processo de refinação.
Por outro lado, a sua actividade estendeu-se também à Índia. Em 1582, era despachado para Cochim com o título de vedor da fazenda real. Cochino receberia um soldo de dois mil cruzados anuais, com a obrigação de comprar 30 mil quintais de pimenta por ano. Em 1589, Manuel de Medeiros sucedia-lhe nesse cargo.
A 18 de Março de 1592, Cochino era escolhido para provedor das Casas da Índia e da Mina, recebendo 202 470 réis de ordenado. Ele já havia desempenhado essa função anos antes, segundo um alvará de 3 de Julho de 1578 que o vinculava a esse ofício, com um ordenado anual de 74 200 réis.
Bibliografia
Estudos:Prospero Peragallo, Cenni intorno alla colonia italiana in Portogallo nei secoli XIV, XV e XVI, Genova, Stabilimento Tipografico Ved. Papini e Figli, 1907, pp. 57-58.
Virgínia Rau, “O açúcar de S. Tomé no 2º quartel do século XVI”, Elementos de história da ilha de S. Tomé (em comemoração do V centenário do descobrimento), Lisboa, Centro de Estudos de Marinha, 1971, pp. 15-16.

Fontes:ANTT, Chancelaria de D. Sebastião – Doações, Ofícios e Mercês, liv. 23, fl. 44v; liv. 43, fl. 41.
Idem, Chancelaria de D. Filipe I – Doações, Ofícios e Mercês, liv. 6, fl. 37; liv. 28, fl. 70.
Idem, Corpo Cronológico, parte I, maço 106, n.º 123.