Projectos

Nome:DEODOM, João
Outros nomes:DEODONE, Giovanni / DE HODEM, Giovanni / DI ODON, Giovanni
Nascimento e morte:Sécs. XV-XVI
Descrição:Mercador genovês, João Deodom encontrava-se estabelecido em Lisboa nas primeiras décadas do século XVI, envolvido no comércio das especiarias.
Uma carta régia de 2 de Agosto de 1511, mencionava-o como tendo a receber cerca de oito quintais de pimenta, em troca de 76 quintais de fio de Savona.
Em 1514, obtinha o exclusivo do comércio da urzela da Madeira e Açores, para o qual pagou 55 550 réis de direitos.
O seu nome aparece entre os negociantes que efectuaram entregas à Casa da Moeda. Deodom era um dos mercadores que, entre 1517 e 1518, entregou “prata de partes” num valor entre 500 e 100 marcos. Em 1525, entregou 18 marcos em ouro.
A prosperidade dos seus negócios levou a que recebesse o favor régio e, em 1522, recebia privilégios iguais aos que tinham os mercadores alemães.
Ainda na década de 20 de Quinhentos, Deodom envolveu-se no negócio sacarino. Em 1527, era um dos contratadores do açúcar da Madeira. Junto com Pedro de Ayala, Nuno Henriques e João de Miranda, geria a venda do açúcar dos direitos reais. Nesse mesmo ano, tinha como procurador o italiano Antonio Boto.
Bibliografia
Estudos:Morais do Rosário, Genoveses na História de Portugal, Lisboa, [s.n.], 1977, p. 310.
Nunziatella Alessandrini, Na comunidade italiana os florentinos em Lisboa e a Igreja do Loreto (Subsídios para o seus estudo no século XVI). Dissertação de mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares, 1º vol., Lisboa, 2002, p. 83-84.
Pierluigi Bragaglia, Os italianos nos Açores e na Madeira, das origens da colonização a 1583 (conquista espanhola da Terceira). Tese de Laurea em História Moderna na Universidade dos Estudos de Bologna – Faculdade de Ciências Políticas, Bolonha, 1992, exemplar policopiado, p. 403.
Virgínia Rau, “Os mercadores-banqueiros estrangeiros em Portugal no tempo de D. João III (1521-1557)”, Estudos sobre a História Económica e Social do Antigo Regime, Lisboa, Presença, 1984, p. 75.