Projectos
Nome: | ALBANO, Bonajuto d’ |
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Outros nomes: | ALBANI, Bonaiuto |
Nascimento e morte: | n. Veneza?, c. 1432 |
Descrição: | A primeira referência conhecida sobre Bonajuto d’Albano encontra-se numa carta escrita por Bartolomeu Marchionni em 1502. Nesse ano, ele chegava a Lisboa, acompanhado pela mulher, de origem indiana, e por dois filhos, depois de mais de duas décadas a viajar pelo Oriente. Bonajuto teria chegado à Índia em 1482. Segundo João de Barros, o veneziano viajou do Cairo para a Índia, em companhia do cônsul de Veneza em Alexandria, Micer Francisco Marcelo. Num constante périplo, passou pela Pérsia, Cambaia, Calecute e Malaca. Afonso de Albuquerque conheceu-o em Cananor e embarcou-o na sua frota para Lisboa. Porém, o seu navio acabou por naufragar e Bonajuto perdeu 20 a 25 mil ducados que levava consigo para Portugal. Assim, chegou ao reino numa situação financeira muito precária. Porém, Bonajuto obteve o favor régio e, a 2 de Outubro de 1504, eram-lhe concedidas duas tenças, uma de dois moios de trigo e outra de vinte mil réis. No ano seguinte, regressou à Índia. D. Manuel enviou-o na frota de D. Francisco de Almeida com a função de língua, assegurando-lhe uma pensão vitalícia de 20 mil réis. Segundo Barros, o rei escolhera-o "por êle ser homem esperto e que sabia as lingoas e mais negócios daquelas partes". Provavelmente, Bonajuto teria regressado a Lisboa dez anos depois. Afinal, um documento de 1515 testemunhava o pagamento de 1 360 réis pela Casa da Mina, quantia respeitante a uma partida de pimenta comerciada pelo veneziano. A Índia teria sido o palco de sólidos negócios para Bonajuto, os quais lhe garantiram uma boa fortuna com que regressou a Portugal. |
Palavras-chave: | Língua; Tradutor; Negociante; Cônsul; ; Lisboa; Cairo; Índia; Veneza; Alexandria; Pérsia; Cambaia; Calecute; Malaca; Cananor; Bartolomeu Marchionni; João de Barros; Micer Francisco Marcelo; Afonso de Albuquerque; D. Manuel; D. Francisco de Almeida; Casa da Mina |
Bibliografia | |
Estudos: | António Alberto Banha de Andrade, Mundos Novos do Mundo. Panorama da difusão, pela Europa, de notícias dos Descobrimentos Geográficos Portugueses, 1º vol., Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1972, p. 294. Prospero Peragallo, Cenni intorno alla colonia italiana in Portogallo nei secoli XIV, XV e XVI, Genova, Stabilimento Tipografico Ved. Papini e Figli, 1907, pp. 39-41. Sousa Viterbo, Trabalhos Nauticos dos Portugueses. Séculos XVI e XVII, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1998, pp. I, 24; II, 139. |
Fontes: | João de Barros, Ásia, I Década, Lisboa, Agência Geral das Colónias, p. 312. |