Projectos
Nome: | PALLOTA, João Baptista |
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Nascimento e morte: | Século XVII |
Descrição: | Tendo chegado a Portugal com as funções de colector apostólico, Pallota fora escolhido para aquele cargo, segundo as palavras do próprio papa por “[...] la cui prudenza, e destrezza, zelo, e pietà cristiana há voluto Sua Beatitude impiegare nel servitio di Dio [...]”. Nas suas instruções, em Junho de 1624, o pontífice alertava-o para o problema do alastramento das práticas ocultas de judaísmo em Portugal, inclusivamente no seio do clero. O novo colector deveria zelar pelo pleno funcionamento das duas armas contra tais práticas: a actividade do Santo Ofício e o trabalho dos confessores e pregadores. Outra das questões sobre a qual Pallota se deveria debruçar durante a colectoria respeitava à acção evangelizadora nos territórios ultramarinos portugueses, sobretudo em África. O pontífice alertava para a pressão que os religiosos portugueses exerciam sobre os seus congéneres italianos, inibindo, assim, a sua actividade missionária. As outras funções de Pallota em Portugal prendiam-se com as questões da jurisdição das ordens militares, da presença de seculares nas ordens monásticas e da imunidade eclesiástica. Além disso, deveria também tentar resolver o problema da colecta dos benefícios eclesiásticos do reino que havia sido deixado em aberto pelo seu antecessor, António Albergati. Pallota esteve apenas durante dois anos em Portugal. Porém, a sua presença não teria sido pacífica. Afinal, em Junho de 1625, o papa reprimia as violências cometidas contra o núncio no seu breve Parum novisse. Em 1626, Pallota foi substituído nas suas funções por Fábio de Lagonissa. |
Bibliografia | |
Estudos: | Samuel Rodrigues, “Legados pontifícios”, Dicionário de História Religiosa de Portugal. Direcção de Carlos Moreira Azevedo, vol. II, Lisboa, Círculo de Leitores, 2001, p. 290. |
Fontes: | Corpo Diplomatico Portuguez contendo os actos e relações politicas e diplomaticas de Portugal com as diversas potencias do mundo desde o seculo XVI até aos nossos dias, tomo XII, Lisboa, Typographia da Academia Real das Sciencias, 1902, pp. 227-244, 252-253. |